sexta-feira, 16 de junho de 2017

... precisamente no dia 20/mai estava eu na companhia da amada Jennifer. Como de praxe, faço companhia a ela na volta pra casa nas manhãs de sábado depois do trabalho. 

Resolvi fazer um percurso diferente do habitual para conseguir abastecer em um posto de gasolina no bairro Rio Branco por um preço "mais em conta". Pura ilusão, é praticamente um assalto disfarçado, mas a gente acaba sendo vencido pelo mal necessário, enfim...

O posto é pequeno e naquele dia não foi diferente dos demais, meu veículo entrou em uma fila que se estendia rua a fora. Enquanto esperávamos fomos abordados por uma "moradora de rua" de 45/50 anos aparentemente. Ela aproveitou a janela do carro aberta para se aproximar e fazer seu pedido. 

Pediu qualquer quantia em dinheiro, sem titubear logo fui dizendo que não podia ajudar. E dei como encerrado o ocorrido. A moradora por sua vez, não se dando como vencida, logo fez o seu segundo pedido ... Eis que ela me pedi para comprar 1 litro de leite. 

Foi aí que ela conseguiu atingir meu lado solidário e eu já com a resposta na ponta da língua, te diria; _O litro de leite eu posso comprar.  Pedi que ela nos esperássemos do outro lado da rua, pois ali existe um supermercado e nele eu faria a compra. 

Após ter abastecido o carro, tive o trabalho apenas de atravessar a rua sentido supermercado. Cheguei a parar o carro de frente ao estabelecimento em uma vaga que parecia só me aguardar. Ao descer do veículo notei que a "moradora de rua" não estava por perto, pra minha surpresa ela estava me esperando próxima dali, em uma padaria. Antes mesmo que eu continuasse meu caminho para entrar naquele mercado, ela veio me freando já dizendo que havia separado o leite naquela padaria ao lado. 

Até aquele momento não tinha eu ainda criado nenhuma desconfiança daquela situação se não fosse o cenário desenhado para tal;

1º O leite Itambé já estava separado no caixa.
2º Junto ao tal leite, havia uma lata de achocolatado. (ainda sim, não me importei. Não me faltaria nada pagar por R$2, R$3 a mais. 
3º A atendente do caixa daquela padaria sempre muito sorridente, parecia ser amiga próxima daquela moradora... Muita conversa fiada, piadinhas desnecessárias pra ocasião. 

Enfim.. naquela altura do campeonato eu já tinha criado uma ideia não tão solidária da situação, muito pelo contrário, eu já havia mudado por completo o pensamento sobre tudo que ocorreu naquele momento em que fui abordado no posto até o pagamento do tal leite e achocolatado naquele caixa. 

Podem acreditar, o oportunismo das pessoas existe em todas as esferas na raça humana. 

Reparei que após efetuar o pagamento, a "moradora de rua" não tomou a iniciativa de embalar o que eu havia pago. Numa situação comum, numa situação que eu mesmo esperava, séria que ela saísse daquela padaria sorrindo, como estava, e satisfeita por ter conseguido o tal leitinho das crianças. 

Fui em direção ao carro observando o que ainda estava por acontecer. E já sem nenhuma surpresa, não aconteceu nada, arranquei o carro e a "moradora de rua" continuou no caixa. 

Moral da história; Aquela "moradora de rua" que veio com um semblante abatido me pedir ajuda para comprar um leite, por fim sorria sem parar junto a moça do caixa. Me fez sentir enganado, por mais que eu esteja totalmente equivocado nos meus pensamentos, acredito que o teatro encenado por essa "moradora de rua", não passou de um golpe para conseguir reverter o valor do leite e achocolatado em dinheiro vivo (R$8,45) para o seu bolso tendo a atendente da padaria como cúmplice. 

Mergulhando ainda mais nas hipóteses criadas daquele ocorrido, penso, muito rentável e lucrativo a ideia de arrecadar R$8,45 por cada pessoa sensibilizada pelo litro de leite e achocolatado.. 10 pessoas diariamente caindo nessa ideia, R$84,50 pelo dia de "trabalho".

Abraços. 

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