terça-feira, 12 de outubro de 2010

-->> rage against the machine 09-10

Há alguns meses antes de sabermos sobre a vinda da banda Rage Against The Machine ao Brasil, por vários finais de semana e momentos na casa do Cristiano nos pegamos vendo e ouvindo os vídeos da banda no Youtube. Imaginávamos a sensação de estarmos em um show da banda...

Alguns dias depois meu irmão me dá a notícia de que a banda confirmaria sua vinda ao Brasil com apresentação única em Sampa, Itu/SP no dia 09/10. Sem pensar duas vezes afirmamos entre os amigos a certeza de que este show não deveria ser deixado passar em branco em hipotese alguma. Fechou a confirmação entre Leo, Cristiano, Antônio e Junior. Alguns dias depois Junior desistiria da missão alegando problemas em conseguir liberação no trabalho para o dia que estava ainda previsto para 03 meses a frente... ¬¬

Procuramos providenciar os ingressos logo quando se iniciou as vendas no shopping 5a Avenida. Com a possibilidade inexistente de se esgotarem os ingressos logo providenciamos a compra do mesmo. Isto, há 3 meses ainda do show, enfim, tínhamos que ter aquele ingresso em mãos para acreditar que o RATM estaria de verdade no Brasil.

Houve dúvidas no período de espera com relação ao meio de transporte. Inicialmente optaríamos pelo voo que não aconteceu devido ao impasse entre os amigos. Ir até Itu/SP à 660km de Belo Horizonte de carro era praticamente certo, ficou para a reta final apenas a escolha do carro em que iria nos levar até a cidade. Ford Ka 1.0 do Léo ou o potente Vectra 2.0 do Antônio?! Nos últimos dias antes da viagem optamos pela segunda opção até mesmo por escolha do próprio dono. Queria ver teu carro andar na estrada e viu... sem contar a agilidade e conforto do mesmo.

Tá difícil ainda de acreditar que eu estou escrevendo por aqui sobre aquele que para mim, foi o melhor show já visto até hoje! Segue...

Um dia antes da grande viagem quase tudo parecia certo para o esperado show do RATM. Faltou ir ao centro adquirir aquela camisa que iria nos vestir para o espectáculo. Não encontrei nda que pudesse ser voltado ao RATM. Decidi então, comprar uma camisa nova do Glorioso Clube Atlético Mineiro e me perfurar por dois piercing's =p Volto para o trabalho satisfeito com a compra e dores localizadas devido ao dois piercings.

A noite chega, é hora de seguir viagem! Eram 22h e deixo o serviço. Um colega de trabalho vindo de Blumenau/SC estava por aqui, precisava dar uma volta com ele antes. Fomos ao centro tomar uma cerveja, acabamos tomando várias. Bebi o suficiente para não me importar em imprimir o boleto bancário que comprovaria os meus estudos e nem mesmo gravaria os 05 cd´s em áudio que o amigo Cristiano havia pedido para gravar; Fui pra casa correndo, Cristiano e Antônio já tinham me ligado para saber sobre mim.


Encontro com os dois na calçada de casa. Entro correndo para pegar algumas peças de roupa e volto para dentro do carro. Um pouco tonto, sem ter gravado os cd´s, sem o boleto, com sono e 02 amigos agitados com pressa para a saída. Pegamos estradaa...

Durmo até às 03h daquela noite. Havia descansado o suficiente para assumir a direção já em condições legais para dar sequência na viagem. Trocamos os lugares em determinado ponto da estrada. Pararíamos apenas por mais uma vez em terras mineiras para um rápido abastecimento. Aproveito para comer algo, me assusto ao pagar a conta por 01 pão de queijo com café, R$5,20, R$2,20 por um café. =p

Voltamos para estrada, em momento algum o carro pediu para ser reduzido. Com isso, ao amanhecer já estávamos cruzando a fronteira dos estados, MG/SP. Sentido Campinas/SP mantivemos a velocidade 140km/h à 160km/h. Ninguém nos avisou e sem se importar descobriríamos em um dos pontos pedágiados que toda a rodovia era monitorada por câmeras e radares (as multas farão parte dos gastos da viagem, irão chegar)!

Já em Campinas/SP mal sabíamos que estávamos longe do esperado. Ao pararmos para solicitar as primeiras informações sobre como chegar em Itu/SP se iniciaria uma demorada localização naquele grande Estado. Praticamente nos perdemos naquelas informações diversas que nos foram dadas. Enfim, foram muitas voltas até conseguirmos chegar na cidade que aconteceria o festival.

Em sua primeira movimentação de pessoas na cidade de Itu/Sp acontecia uma modesta feira meio a rua com barracas típicas de verduras, legumes e frutas. Pararíamos o carro por ali para podermos assim explorarmos a cidade desconhecida. Em caminhada chegaríamos até o centro da cidade, lá estava o tão famoso orelhão gigante junto ao sinal de trânsito e algumas outras coisas em tamanho exagerado.

Fomos ao banco, paramos para comer algo em uma daquelas várias lanchonetes que haviam ali. Algumas fotos, poucas fotos, a máquina com pouca bateria registraria poucos momentos desta viagem. Decidimos então voltar até o carro para traze- para mais próximo do centro. No caminho de volta ao comprar uma cerveja descobrimos o quanto a cerveja Brahma daquelas terras era ruim, não aguentamos nem mesmo tomar aquela lata que tínhamos comprado para nos acompanhar na caminhada de volta ao carro. Deixamos elas em um poste qualquer. Em um buteco ali também tinha sinuca, resolvemos jogar uma acompanhados então da Skol, outro lixo na minha opnião. Não saí do primeiro copo. Conclusão, a cerveja do local é totalmente diferente da que temos em Minas.

Voltáriamos com o carro para o centro da cidade. A missão era tomar um banho, almoçar e imprimir o tal boleto. Em em hotel qualquer conseguimos por R$10 o direito a um banho quente que nos daria uma nova dose de ânimo. Ao lado uma lan house precária nas condições das máquinas obrigaria Cristiano a mostrar tuas habilidades no ramo para agilizar a impressão que não aconteceu em Beága. O almoço, um prato feito por R$5 já nos daria a ideia de como seria o almoço...

O evento aconteceria em um parque há 8km dali. Com os valores super faturados dos estacionamentos, com valores de R$100 com três pessoas e R$50 com quatro pessoas pela vaga, pensamos na hipótese de ir com o ônibus da própria cidade. Na rodoviária descobrimos o valor pela viagem; R$6 ida e volta. Vamos de ônibus.

A movimentação na cidade era intensa. Todo mundo com suas estampas fixadas nas camisas em nome da banda. A rodoviária cheia de pessoas com o mesmo destino. Logo nosso ônibus chegou. Entramos por volta de 13h. Nossa ideia era de que o show aconteceria no período do dia. Ao contrário do que encontramos ao chegar no local do evento. Muitas pessoas, várias tribos no mesmo local. Não tinha porque as apresentações se iniciarem em um momento em que todos ainda estavam do lado de fora. Empurra, empurra e a nossa entrada foi contemplada.

Estamos do SWU Festival 2010... =D

Com um espaço imenso a nossa disposição, saímos em busca do palco que aconteceria o show. Logo depois de caminharmos por um tempo lá estavam os 02 palcos que montaram para as apresentações. Muito grande, prometeria! A surpresa negativa do dia se iniciou pela grade de horários e apresentações dos shows. Contudo, o tão esperado pelo trio de amigos por mais de 3 meses estaria para acontecer às 22h, isto, a gente descobriu sem nem ter percebido no relógio que ainda eram 14h. Logo em seguida os valores das guloseimas e bebedeiras ali também fugiriam do esperado com cerveja à R$6 a lata, R$10 um fraco cachorro quente e outros...

Tínhamos pela frente um longo período de espera, as filas cada vez maiores para a compra das fichas de consumação. Literalmente um "murro na cara" nos foi dado. Uma pequena injeção de desânimo nos foi aplicado. A organização não poupou nos valores, nas condições estabelecidas até mesmo para tomar uma leve cerveja. Não nos restou outra condição a não ser ir para frente do palco e curtir a primeira banda que ali começou sua apresentação, melhor, a dupla. Supla e seu irmão (desconheço) abririam os shows daquele dia.

Para nossa própria satisfação, sem a necessidade absurda de gastos com os produtos de elevados preços, acenderíamos o primeiro cigarro. E assim, curtiríamos o show do Japa Girl (Supla). Cristiano ficou conhecendo um nativo do estado paulista, Bruno, passou a nos acompanhar em nossa nova injeção de energia e ânimo para o que estava por vim ainda às 22h. Bruno também guardava em seu bolso algo que nos pouparíamos de gastos. O auge ainda estava por vim acima de qualquer loucura insana.

No cair da tarde, dando espaço a noite na cidade algo cortaria toda nossa onda. O fator, FRIO, nos pegou despercebidos. Naquelas poucas peças de roupas apanhadas antes de seguir viagem, nenhuma blusa de frio foi lembrada. As rajadas de ventos fortes vindas de todas as partes começaria a fazer a espinha doer, o queixo bater, os dentes se debaterem em si desenfreadamente. Saímos em busca de um lugar fechado para nos proteger. Dentro de uma das tendas ali montadas entramos com o intuito não só de fugir do frio, mas também para um descanso. Todo o dia passou, a noite já havia tomado conta do ambiente e ainda não tinhamos descansados da longa viagem. Ali, descansaríamos por um tempo. Leves cochilos interrompidos por alguma movimentação de pessoas.

continua...