... tive uma viagem diferente enquanto neste último dia 09.12.11 estava a uma altura de 27.750 pés. Tudo indica que foi pelo alto nível de álcool no sangue. Estava bem alto. Mas antes...
Em outras datas eu já havia perdido um voo por atraso. Realmente as condições aéreas não funcionam como as condições do transporte terrestre. Com 17 minutos antes do voo numa rodoviária qualquer eu pegaria o ônibus sem problemas. Por este motivo, para um voo que estava programado para às 18h eu havia pedido o Hermes para me levar ao aeroporto às 16h pra chegarmos com no mínimo uma hora de antecedencia.
Eu não contava com a parada no Banco do Brasil para pagamento de um boleto. Isto aconteceu às 15h50m. Na pior das hipóteses, ele (Hermes) teria 40 minutos livres de fila, considerando claro, pé fundo no acelerador para chegarmos no aeroporto com 30 minutos. Apostei na nossa saída às 16h30m do banco. Não aconteceu, está angustia se estendeu até às 16h55m! Conclusão, para uma situação normal que nos exige 01 hora antes dos voos, não só não conseguiríamos fazer em 05 minutos, como lá sabíamos se iríamos chegar até às 17h30m (hora que se encerra o check-in para embarque). A avenida Antônio Carlos estava um caos, trânsito, obras, carros, muitos carros... tráfego lento!
Após sair do fluxo intenso de carros, pé fundo no acelerador. Eu naquela ansiedade teria exigido mais do carro 1.6 do Hermes, mas com ele no volante mantivemos uma média de 140km/h. Evitei o retorno ao fim do aeroporto para ficar no estacionamento. Na rodovia do lado contrário ao aeroporto desci do carro, com a mochila nas costas, atravessei a mesma correndo. Parei somente no guiché às 17h26m sem ar, com o relógio no braço esquerdo mostrei ao funcionário da empresa áerea alegando está no horário. O funcionário responde "fica tranquilo, você tem tempo, seu voo está atraso em 30 minutos". Alivio! Liguei para Mariana (namorada) para tranquiliza-lá.
Resolvi subir logo para a sala de embarque para aliviar um pouco toda tensão que eu havia sofrido minutos antes de conseguir chegar até ali. E, quando trato de aliviar qualquer tipo de tensão, certamente será relacionado a um grande copo de cerveja gelada! E assim foi...
A sala de espera estava bem cheia, o avião estaria liberado somente após às 18 horas e 20 minutos. Comecei a beber minha cerveja enquanto ali esperava minha hora. Outro ponto importantíssimo desta situação é o que geralmente ouço enquanto espero com um copo de cerveja na mão. Com os fones bem encaixados no ouvido e o volume do celular no máximo eu ouvia Rage Against The Machine, o álbum de 1992. Nestas condições eu já estava ficando bem avontade, logo o primeiro copo acabaria. Não hesitei ao pegar a fila para mais uma cerveja de 500ml, chopp Brahma ao som de Wape Up (http://youtu.be/B1T8xgHdMEM).
Conclusão, o segundo chopp acabou. Uma pequena dúvida somente atrasou um pouco minha decisão de ir mais uma vez a mesma fila por outro copo de 500ml daquele chopp, seria o terceiro. Chopp e Rage Against continuaram a todo vapor. Assim que o terceiro copo se acabou o anúncio para embarque foi dado. A fila foi formada para apresentação do documento de identidade e ticket de embarque.
Fiquei na janela graças a Mariana em sua escolha no ato da compra. Assim que sentei, senti que eu já estava com a cabeça literalmente nas nuvens antes mesmo de decolar. E lá de cima além da viagem física, a viagem na cabeça por causa da bebida me fez companhia ao ficar me deparando contra a pequena janela do avião entre nuvens.Ficou bom com o repertório que tocava no fone em alto e bom som, ouvia Rolling Stones, músicas como Rocks Off, Tumbling Dice, Sweet Virginia e outras. A todo instante eu dava uma olhada pela janela e só via nuvens me escondendo o que teria por debaixo delas. Deslumbrante foi o que pensei quando admirava tais.
O sono bateu. Ainda faltava 01 hora e 30 minutos de voo quando cochilei. Ao acordar ainda nos faltava 30 minutos, o disco tinha acabado. Fiquei acordado, curado e preparado para encontrar com minha Mariana após viagem tranquila.
ouvindo - rage against the machine - vietnow
