terça-feira, 8 de abril de 2008

-->> Piedade Paraopeba [1]

Estava marcado para nos pegar na entrada do Shopping Cidade na rua São Paulo às 10h. Ligo para o Junin pra confirma o empréstimo de 15 pilas para eu esta indo no convite de churrasco que a namorada dele (Nina) tinha me convidado na noite passada em um encontro de Leonardo, Nina e Junin. Com o empréstimo aprovado, só restava ligar para o Cristiano e marca o encontro no ponto indicado e ir para o lugar que até então, desconhecia.

Ligo para o Cris e marco o encontro às 09h50 na porta do shopping. O horário não serviu para nada, aqui chovia muito. O churrasco seria debaixo de chuva mesmo. Quem se importa? Eu quero beber!

Sai de casa na hora marca de esta encontrando o Cristiano no centro, estava muto atrasado. Mas fui assim mesmo. Cheguei no centro e já eram 10h16m. Nem mesmo o Cristiano tinha chegado ainda, em 4m depois ele chega atrás de mim. Nos cumprimentamos e batemos um papo sobre assuntos diversos. Chegamos a conclusão que não tinhamos tomado café, logo ele me chamou pra tomar um café em um bar que gosto muito de frequentar ali na rua Túpis - Cafè Bahia - Mas eu estava apenas com 1 pila no bolso, Cristiano logo disse que a conta era por conta dele. Tomamos um refrigerante acompanhado de uma coxinha até muito quente e gostosa. Logo em seguida voltamos para a porta do shopping.

Mas cadê a mulher que disse que iria nos pegar lá às 10h?
Não apareceu e remarcou para às 10h30m. Só que já estava praticamente na hora e nada. Resolvemos entrar no shopping e ver alguns cd´s nas sessões disponíveis nas Lojas Americanas. Meu celular toca e Nina faz seu primeiro contato: léo, a menina não vai poder ir até ai. é para vocês irem pro Extra do Bh Shopping. Ela vai esta esperando por vocês lá.

Cristiano já demonstrava um pouco de desânimo, mas até que não foi difícil arrancar dele um animo novo. Fomos em caminho do ônibus que nos levaria até o Bh Shopping. Mais uma vez, precisei do Cristiano. Meu único real já tinha ido na metade da coxinha que comi no Cafè Bahia. Ele precisou pagar minha passagem. O itinerário do ônibus foi percorrido até com uma certa agilidade. Logo chegamos no shopping e avistamos de longe o modelo e cor do carro que iria nos levar até o misterioso churrasco. Nos aproximando da mulher logo formos identificados, fizemos os cumprimentos de etiqueta e boas. Logo ela disse que iriamos ter que
aperta um pouco porque estava esperando mais três amigos que por coincidência, estavam na porta do Shopping Cidade também. Com a galera reunida entramos pra dentro do carro e saimos em direção ao churrasco. Ela já tinha nos adiantado que logo mais a frente iria ter mais um carro pra dividir mais um pouco as pessoas por carro. Ficamos aliviados. Assim que encontramos com o outro carro, eu tinha sido o escolhido à ir com eles. Sem problemas. Fomos...

Foi ai que eu tomei conhecimento da distância do tal churrasco que pra mim, seria em Belo Horizonte mesmo. Seguimos em direção ao Rio de Janeiro (Estado) na BR 040. Quilometros depois, entramos para a direita e subimos uma imensa serra. Chegando no pico dela, iniciamos uma descida longa, cheia de curvas sinuosas e estreitas. A descida foi longa e eu não sei dizer quanto tempo ficamos naquela longa descida. Sei que estava realmente tonto de tantas curvas para baixo. Os freios do carro cheiravam queimado e as curvas não paravam de aparecer. A viagem já estava se tornando longa demais. Descobri então que a distância era de 40km saindo da Capital. Muito longe, nem para casa da minha avó é tão longe assim. E o pior, só de curvas. Pior ainda foi quando chegamos na
parte da estrada que não é asfaltada. Lá também chovia e aquilo tudo virou uma lama só. A mulher do motorista daquele carro que eu estava, fazia uns comentários assustadores. E pedia mesmo à Deus, aproveitava e pedia conselhos para o marido sobre como dirigir naquela lastimável situação de chuva, lama, sujeira ... O caminho foi longo e não chegavamos. Eu tinha que saber o horário certo em que chegamos na casa, mas não recordo nem um pouco. Deixa pra lá, chegamos!

A casa é realmente isolada do mundo, a visão era linda e única! Descobri que o nome da cidade era Piedade Paraopeba, nunca ouvi falar! O céu continuava nublado e com pequenos chuviscos e logo fomos para uma mesa de sinuca que lá existia nos fundos da casa. Não foi uma festa com muitos convidados, três carros na garagem, poucas pessoas e algumas delas com seu companheiro(a). Assim que encontramos o Junin e a Nina resolvemos jogar um pouco de sinuca e tomar uma cerveja, logo em seguida a carne ficou pronta e completou a festa.

Foram várias duplas, até que entrou o motorista que me levou até o sítio. O rapaz de "camisa rosa", esse cidadão jogava tanto que parecia impossível ganhar dele. Podia fazer, desgazer duplas que ele batia na gente igual cachorros. E quando a galera tava toda entrosada ai que o rapazinho de "camisa rosa" caia no deboche e irônias pro nosso lado. Tudo estava na esportiva, precisavamos ganhar dele alguma hora. A dupla Leonardo e Cristiano foi formada com a única intenção de atropelar esse rapazinho e seu parceiro de mesa. Precisamos apanhar mais de 5 vezes para, ai sim depois, ganharmos deles. Foram duas seguidas para nunca mais desde então. Depois dessas duas vitórias não lembro mais de vitórias. Entraram outras duplas no nosso lugar, fomos lá para frente de casa conseguir algumas fotos com a paissagem do lugar. Eu, Junin, Cristiano e Nina fomos lá para frente. Batemos algumas fotos, conversamos e ficamos lá até chegar um cidadão para nos avisar que eles já iam cantar os parabéns para os aniversariantes. Isso já eram 17h e alguns minutos. A carne já tinha acabado, nos restava então o bolo de chocolate com cerveja! Vamos beber e comer o bolo gostoso de chocolate.

Depois desse momento de cantigas de aniversariantes e entrega de pedaços de bolo, vejo a Nina conversando com a dona da casa (a menina que nos deu a primeira carona). Fiquei curioso pra saber sobre o que elas estavam falando, já acreditando que era sobre nossa volta pra casa. Já que estava ficando escuro. Eis que a Nina nos diz que iriamos ter que voltar de ônibus pois uma certa amiga tinha furado e ela seria então, nossa carona de volta! Fudeu!

Já prontos para ir embora, nos despedimos daqueles que obtivemos alguns momentos de conversa e formos para dentro do carro em busca do imaginário ônibus que nos pegaria na cidadezinha de Piedade Paraopeba. A dona da festa sempre falando "o ônibus vai passar às 18h30m, certeza!". Chegando lá na pracinha onde ele iria passar, vimos um tanto de gente esperando o mesmo ônibus e um pequeno trailler funcionando. A motorista (Priscila) e dona da festa pergunta ao dono do trailler se o ônibus se ele iria passar. Ele responde com o mesmo ar de irônia que nosso amigo de "camisa rosa" falava quando nos elogiava: "aaaa, eu acho que..... vai passar".

Junin nos fala que tem uma garrafa de vodka dentro da mochila dele. Primeiro sai Cristiano e fica se protegendo da chuva que caia naquele instante no trailler do Nelsinho (dono do trailler). Em seguinda vou eu para lá. Cristiano pede duas latinhas de Brahma para tirar um pouco aquela preocupação de ônibus passar ou não. Assim que começamos à beber resolvem sair do carro Nina, Junin e Priscila. Ficamos todos nós debaixo do trailler bebendo. Junin resolveu entregar o ouro e abriu a vodka. Ai que meu peito esquentou de vez, a cada dose para dentro da garganta uma careta diferente e em seguida, um peito quente contra o frio que estava fazendo.

A verdade foi que já tinha mais de 1h que estavamos ali e o ônibus não veio. Só pra quem conheceu as condições daquela estreita estrada de terra, lama e chuva para saber que um ônibus não conseguiria passar ali tão cedo. Depois de muito tempo, resolvemos então voltar para casa com a seguinte idéia pregada pela dona da casa, Priscila: amanhã tem um ônibus 06h15m, certo! Eu e o Cristiano já estavamos do jeito que a vodka iria mesmo nos deixar depois de bebermos doses e mais doses para esquentar o peito. Voltamos para a casa com a péssima idéia de que não iriamos conseguir voltar para casa naquela noite. De imediato tentei ligar para minha família avisando sobre o imprevisto, mas ninguém atendia o telefone. Fiquei até mais tranquilo, mas por pouco tempo, minha tia assim que soube da notícia me ligou só com a única intenção de me chamar de
'irresponsável', não adiantou falar que tinha sido um imprevisto, ela não cessava, resolvi ficar calado até desejar boa noite e até amanhã.

Já que a merda estava feita, vamos tentar destrair com mais sinuca e com o que nos resta de bebida. Comida já não tinha. E ali naquela varanda, eu, Cristiano, Nina e Junin ficamos jogando sinuca com a presença de mais dois casais próximos da gente. A vodka já estava acabando quando o Cristiano cansou de jogar sinuca e foi ouvir músicas no celular do Junin. Já eram 22h, estava mesmo
um saco ficar jogando sinuca. Cristiano capotou na varanda de acesso a casa da menina, de tanto incorporar Stones numa agitação que só ele senti quando ouvi Rolling Stones, aparece a mãe da menina pagando um pau pra ele. (risos) Resolveu deitar na cadeira de sol ao lado da piscina sem se preocupar se estava molhada ou não por causa da chuva. Resolvi ir encher o saco dele, depois de um
tempo atormentando ele lá, resolveu então ir deitar em outro lugar, chutem o lugar escolhido por ele! O menino foi pra debaixo da mesa de sinuca e continuou naquela adrenalina de Stones...

Depois de um tempo ao redor daquela sinuca, o quarteto resolveu ir pra beira da piscina. Cristiano já tinha nos dito que boa parte da vodka estava no chão ali do lado, havia vomitado! (hsuahsuahsuahsuas) O quarteto parecia esta deslocado naquela casa onde as pessoas insistiam em nos enganar em falsas promessas de ônibus pela manhã, não tinhamos muitas opções. Tinhamos que acreditar e esperar!

Já era 00h, resolvemos ir deitar então pra podermos levantar cedo. Nessa hora eu tive até dó da Nina que penou pra conter os momentos de embreaguês do Cristiano. Nos apresentaram um belo quarto com uma cama solteiro e uma casal. De ínicio estava decidido Junin e Nina dormirem na de solteiro. Cristiano e eu iriamos dormi na de casal por causa do espaço. Não deu certo! Cristiano tava doido e eu tava com a pá virada também, começamos à provocar um ao outro com agressos físicas e verbais. Nina e Junin pedindo de todas as formas para gente ir dormi por causa do horário que iriamos ter que levantar na manhã seguinte. Não adiantou de nada. Eu e Cristiano ficamos revesando as sessões de agressões. Minha arma era uma toalha de rosto molhada onde eu enrolava feito parafuso e jogava contra o Cristiano pra dar aquela sapecada violenta. A arma dele era uma camisa de botão, não precisava esta úmida, ele quase arrancou todos os botões da camisa nas minhas costas. Foram vários momentos em guerra onde corriamos toda a casa para vingar uma pancada recebida do amigo alheio. Até ameaças de arremeçar na piscina teve que não se concretizou. Depois de muito tempo, Nina apelou e disse que iria colocar o Cristiano num quarto separado. O casal resolveu então deitar na cama principal e colocar um terceiro colchão do outro lado do quarto pra nos deixar bem divididos. A guerra estava chegando ao fim depois dessa divisão. Conseguimos dormi... =D

continua...

ouvindo - paralamas do sucesso - ela disse adeus


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