Acredito que o desfecho dessa perfeita viagem esta ficando longo. Resolvi então agilizar em menas palavras o fim dessa viagem à Lavras Novas. Vamos lembrar sempre que, apesar da velocidade da história daqui pra frente, a gente ainda estava sempre com a companhia de uma garrafade vodka ou montilla em mãos.
Ficamos pouco tempo em um canto na praça tocando e bebendo. Resolvemos ir logo pro pastel para jantarmos. Lembrando que Dona Lucy tinha me dado de brinde um dos teus famosos pastéis. Cheguei e fiz meu pedido, quando já estava com ele mãos não sabia por onde iniciar. Era um pastel completo, tinha até batata palha!
Cheguei na barraca às 08h e todos estavam dormindo, consegui pegar no pulo as pessoas que conversavam todos os dias aos redores das nossas barracas. Logo fui deitar, não consegui ficar nem 10m dentro da barraca. Meu corpo já estava todo sujo, suado e o pior, queimado. A barraca estava muito quente e meu corpo ficou pregando no plástico do colchão e nas laterais da barraca.
Aceitei que mais uma noite eu já tinha perdido e que não iria conseguir dormi naquela manhã. A conversa paralela entre os outros hospedes da casa acabaram acordando mais uma vez Cristiano, e Antônio. Junin parecia esta "morto" na barraca. Deixamos ele quieto.
Já era domingo, nosso último dia na casa. Tinhamos que voltar para nossas casas em Belo Horizonte. Já sabiamos que ônibus iria sair da cidade para Outro Preto às 17h30m. Então, tinhamos pouco tempo para curtirmos nossos últimos momentos ali. Foi então que Cristiano nos chamou para ir na pracinha encontrar um buteco e tomar um "cafè". O café era isso mesmo que vocês estam pensando, CERVEJA! Fomos com um dos hospedes da casa, o Márcio (tuquinha). O Junin ficou dormindo. E na praça ficamos bebendo por vários minutos que resultaram em horas. Quando já estavamos voltando para casa, o carro do Tuquinha estava já na praça esperando por ele, estavam indo embora. Nos despedimos dele e voltamos para casa enquanto ele estava voltando para sua casa.
Fomos nos servir do gostoso almoço da Dona Lucy. Junin tinha levantado num porre violento, enquando para eu, Cristiano e Antônio o café tinha sido cerveja na praça, o dele foi tomar boldo no terreiro. (risos). Logo depois do almoço tinhamos que começar à desmontar nossas barracas. A hora de ir já estava chegando. O desarme das barracas ficou completo às 17h. Foi ai que resolvemos subir para a praça mais uma vez, mas agora iria ser em definitivo. Despedimos das últimas pessoas presentes na casa, e fomos embora.
Chegamos rápido no ponto do ônibus que iria nos levar até Ouro Preto. Pessoas apareciam de todas as partes. Parecia que todos aqueles turistas que passaram seus dias de feriado naquela cidade tinham resolvido ir embora naquele único ônibus. Quando o motorista liberou a porta para podermos entrar foi uma luta. O ônibus foi sair muito tempo depois do seu horário previsto. Ele estava completamente lotado e ainda tinha pessoas do lado de fora. O quarteto chegou à pensar que não ia dar pra ir embora no único ônibus. Era muita gente para um transporte de 44 lugares. Depois de muito tempo e posições desagradáveis, o ônibus saiu. Havia pessoas em cima do motor daquele transporte. Foi uma viagem desagradável e perigosa, pois chovia na hora e as ruas não eram asfaltadas até parte do caminho. Se não fosse um hilário trocador que tirasse nossas atenções para seu gênero humorístico e simples, muita gente teria perdido a cabeça naquela viagem perigosa para Ouro Preto. Chegamos na cidade e já eram mais de 19h. Começamos numa caminhada cansativa interminável de várias ladeiras em busca da rodoviária da cidade para pegarmos o ônibus para Belo Horizonte. Estavamos "mortos"! Quando chegamos na rodoviária depois de muito tempo, tivemos a notícia de que não haveria mais lugares para voltar pra casa. Sentamos no meio-fio por alguns instantes pensando talvez em nada ou no que fazer para voltarmos para casa. Taxistas cobrando 140 pilas para levarmos a gente para casa, era muita grana para o quarteto que mal mal tinha a grana de voltar para casa.
Eis que surge um perueiro cobrando o mesmo valor da rodoviária, porém, com apenas 2 lugares. Eramos 4! Sem muitas alternativas, escolhemos aqueles dois que tinham que trabalhar no dia seguinte pela manhã e deixamos ir na frente. Essa missão ficou por conta do Antônio e Junin, eles foram nesse carro clandestino. Ficou eu e Cristiano pra pegarmos outro na sorte. Resolvemos parar numa lanchonete para descansarmos e comermos alguma coisa antes de voltar para rodoviária. Quando já estavamos voltando eu tive a curiosidade de ir mais uma vez no guichê da rodoviária pra saber sobre as passagens, já na aréa de embarque em direção ao guichê nos aparecem duas pessoas distintas nos oferecendo duas passagens que seriam delas. Mas que, haviam desistido da viagem. Conferimos as duas e resolvemos pega-las. Estavamos salvos! Quando fomos ver, as passagens tinham horários diferentes: 20h45m e 21h45m. Mais uma vez fomos dar preferências para os mais necessitados. Cristiano ficou então com a de 20h45m pois trabalhava no dia seguinte, independente do horário (15h), já eu, estou de férias. ;) E ele foi embora.
O meu horário nem demorou muito para chegar também, quando sentei na minha poltrona fiquei até aliviado. Estava eu voltando para casa. A viagem foi super tranquila e às 23h30m eu já tinha chegado na minha grande cidade. A rodoviária estava lotada para aqueles que estavam assim como eu, voltando do feriado prolongado. O meu ônibus para o bairro passou alguns minutos depois e às 00h10m eu tinha chegado enfim, em CASA!
Conclusão: é simples, foi uma das melhores viagens da minha vida com companhias mais do que agradáveis. E logo de quebra, foi uma aventura e tanto. Até a próxima meus caros!
ouvindo - nenhum de nós - tudo que passou
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